segunda-feira, 3 de março de 2008

Software de BABÁ

Software desenvolvido por inventor britânico finge ser criança em bate-papo para flagrar possíveis aliciadores

Pedófilos que tentam aliciar crianças em salas de bate-papo na internet poderão ser detectados por um programa de computador. O software cria uma impressão convincente de que se trata de um jovem que participa de uma conversa na sala de bate-papo.

O programa de computador analisa, ao mesmo tempo, a personalidade da pessoa com quem está conversando, em busca dos sinais clássicos desse tipo de aliciamento: pedófilos se fazem passar por crianças, quando tentam marcar encontros com os jovens com quem travam amizade.

Chamado de "ChatNannies" [babás de bate-papo], o software foi desenvolvido no Reino Unido por Jim Wightman, um consultor de tecnologias da informação de Wolverhampton. O programa cria milhares de subprogramas chamados de "nanniebots" [babás-robôs], que entram em várias salas de bate-papo.

Se uma babá-robô detecta alguma atividade suspeita, envia um alerta para Wightman e uma mensagem com a transcrição da conversa. Se o consultor considerar a transcrição suspeita, ele entra em contato com o setor policial encarregado e lhe fornece o e-mail do usuário suspeito.

Segundo Wightman, algumas dicas de seu software já levaram a investigações policiais. A "New Scientist", porém, não conseguiu verificar essa alegação.

As babás-robôs são tão boas em se fazer passar por jovens que se tornam quase indistinguíveis deles. Em conversas com uns 2.000 freqüentadores de salas de bate-papo, nenhum deles desconfiou das babás-robôs, diz Wightman.

Robôs conversadores dificilmente distinguíveis de pessoas foram previstos pelo pioneiro da computação Alan Turing já em 1950, afirma Aaron Sloman, um especialista em inteligência artificial da Universidade de Birmingham (Reino Unido).

Sloman não se mostra, portanto, muito surpreso com o fato de esses robôs serem tão convincentes, especialmente porque sua conversação fica restrita a um tópico limitado -e é relativamente curta. "Não seria muito difícil para um robô conversador se parecer com um participante comum de salas de bate-papo para os outros usuários, que nem estão à sua espreita", afirma.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]



<< Página inicial