Polícia pede transferência de presa suspeita de espancar babá e filho

A Delegacia Seccional de Jundiaí, a 58 km de São Paulo, pediu a transferência de Valdecina Alves de Almeida, de 33 anos, presa na quarta-feira (18) por suspeita de agredir um bebê de 1 ano e 2 meses e a mãe dele. Na quinta-feira (19), detentas da cadeia de Itupeva, a 73 km de São Paulo, fizeram um protesto contra a presença da mulher no local.
A tranquilidade só voltou cerca de duas horas depois do início do tumulto. Revoltadas, as presas se rebelaram contra a presença de Valdecina. Imagens gravadas dentro da cadeia mostram as presas batendo objetos contra as grades, Segundo o delegado-corregedor Sidney Juarez Alonso, elas queimaram um colchão.
A suspeita foi retirada da cadeia e levada para uma sala isolada da delegacia de Itupeva. A polícia aguarda agora a autorização para a transferência.
A patroa é suspeita de agredir a babá ? contratada para cuidar da filha de 2 anos ? e o filho dela. O caso somente foi descoberto porque a suposta agressora levou a criança, em estado grave, até o hospital.
Segundo os médicos, a criança teve traumatismo craniano, escoriações e queimaduras em várias partes do corpo. As fotos tiradas por policiais mostram que o menino estava sendo torturado havia vários dias. Ele teve os cabelos raspados e há marcas nas costas, cabeça e rosto.
Segundo uma amiga da mãe da criança, as duas eram mantidas em cárcere privado ? por isso a babá não conseguiu pedir ajuda. ?Se ela [Valdecina] saía, trancava a babá e a criança em casa. Se vinha alguém, ela colocava a jovem no banheiro, passava fita crepe na boca do bebê?, afirmou.
A criança está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário. A mãe foi instalada em um quarto no local, para ficar perto do filho até que ele tenha alta. Segundo o hospital, o bebê não corre risco de morte.